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É possível destruir os dados da Google? Veja como grandes empresas se mantêm seguras

É quase impossível (mas não totalmente) destruir a internet. Ao contrário do que muitos poderiam pensar, esse seria um trabalho analógico e não digital — seria preciso destruir fisicamente cabos, servidores e centrais de dados, ao redor do mundo, de forma orquestrada.

Mas e se os malfeitores quisessem destruir apenas a central de dados de uma grande empresa? Na série televisiva “Mr. Robot”, Elliot e seu grupo de hackers pretendem destruir os dados de um conglomerado multinacional que controla 70% de toda a indústria de crédito do mundo. Seria essa uma missão facilmente atingível na vida real?

Segundo uma matéria da Business Insider, não. Grandes empresas têm tomado muitas precauções em prol da segurança, a primeira delas sendo o uso de diversos data centers, ao contrário do que acontece no seriado. Mas quais são, afinal, as medidas de segurança que empresas reais tomam para se proteger de possíveis ataques? Continue lendo para descobrir.

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Google

Detentora da terceira marca mais valiosa do mundo e do mais importante mecanismo de busca da internet, o Google também é dono do sistema operacional Android, que domina o mercado de smartphones. Além de fornecer as ferramentas que grande parte das pessoas utiliza diariamente, como o Gmail e o Google Drive, a empresa ainda adquiriu, em 2006, a famosa plataforma de vídeos YouTube.

Como afirmou o editor da BBC Simon Jack, “se informação é poder na era digital (e é), então o Google pode se afirmar como a empresa mais poderosa do mundo”. Como tal, o Google está bem ciente dos esforços que precisa empreender para manter a sua segurança.

A própria empresa compartilhou uma série de informações sobre como a segurança é projetada na infraestrutura técnica do Google. Ela possui data centers em 16 localidades, em três continentes diferentes. Embora sua localização não seja secreta, cada um deles conta com várias camadas de segurança.

Apenas um número pequeno de funcionários tem acesso aos locais e várias tecnologias são usadas para proteger as centrais, como identificação biométrica, câmeras de detecção de metal, cancelas para veículos e sistemas de detecção de intrusão a laser. Além da proteção dos locais físicos, a empresa também investe fortemente na segurança do hardware dos data centers e da pilha de software em execução em cada máquina.

O Google tem ainda mais quatro camadas de segurança: segurança de implementação de serviços, de armazenamento de dados, de comunicação na internet, e segurança operacional — cada uma delas contando com uma série de medidas de proteção.

Betway Casino

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Em sites nos quais o fluxo de dinheiro é grande, investir em segurança é primordial. A Betway Casino, por exemplo, um site de apostas líder no mercado, conta com várias medidas de segurança para proteger a empresa e seus clientes, bem como evitar crimes.

Procedimentos de detecção de fraudes e um programa de combate à lavagem de dinheiro evitam que o site seja usado para ações criminosas, enquanto o uso das tecnologias mais avançadas no mercado permitem detectar e eliminar qualquer ameaça aos dados da empresa e dos usuários, que se encontram em cinco data centers diferentes.

Quanto ao armazenamento em nuvem, a empresa usa os serviços da Microsoft Azure, que está presente em 54 regiões no mundo, em 140 países, e oferece diversas funcionalidades personalizáveis de segurança. Com diversas camadas de segurança, tão complexas quanto as do Google, a nuvem da Microsoft atende 90% das empresas da Fortune 500.

PayPal

Quando o assunto é dinheiro, os bancos são o maior alvo dos criminosos. Mesmo que um grupo de hackers decidisse, como em Mr. Robot, “simplesmente” deletar todos os dados de um grande banco, isso instauraria um verdadeiro caos mundial.

De acordo com uma matéria da revista Forbes, os bancos gastam uma enorme quantidade de dinheiro em segurança, três vezes mais do que instituições não financeiras, e têm uma série de medidas em prática para proteger os seus dados, como a criação de múltiplas cópias.

Empresas de pagamento online, como o PayPal, também precisam investir pesado em segurança. Além do monitoramento de todas as transações, 24 horas por dia, para prevenir fraudes, phishing e roubo de identidade, o uso de encriptação de alta qualidade é essencial. O PayPal mantém uma equipe de mais de mil engenheiros para garantir que as normas mais rígidas de segurança sejam aplicadas.

Quanto aos centros físicos de dados, os seus 9 data centers estão localizados em 3 regiões do globo e possuem mais de 10 mil servidores físicos. Como medida de segurança, o PayPal não costuma divulgar a localização exata de suas centrais.

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Amazon

A Amazon, que em 2018 desbancou o Google e se tornou a empresa mais valiosa do mercado, também leva muito a sério a sua segurança e faz questão de disponibilizar muitas informações sobre o assunto para os seus usuários.

A plataforma de nuvem da empresa, a Amazon Web Services (AWS), foi pioneira no mercado e hoje abrange 57 zonas de disponibilidade, em 19 regiões em todo o mundo. No site da empresa é possível fazer um tour virtual por um dos seus data centers e saber mais sobre as várias camadas de segurança utilizadas, como a camada de perímetro, a de infraestrutura física e a de acesso físico aos dados.

A AWS é inclusive prestadora de serviços de infraestrutura para a Netflix, provedora de filmes e séries que, atualmente, é a fonte de tráfego dominante na web, responsável por quase 14% de todo o tráfego da internet.

Como deu para ver, os seus dados estão bastante seguros com essas grandes empresas. Portanto, você pode relaxar e aproveitar os inúmeros benefícios das novas tecnologias, como jogos, compras online e várias séries incríveis que podem ser vistas a qualquer momento.