Curiosidades

12 pandemias pelas quais a humanidade passou

Em escala de gravidade, a pandemia de uma determinada doença é considerada o pior dos cenários, pois consiste em uma epidemia que se estende a níveis globais, segundo definição do núcleo Telessaúde, parceria entre a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), a Secretaria de Educação a Distância (SEAD) e o Ministério da Saúde.

Uma pandemia, portanto, indica a disseminação massiva e contínua de uma doença infecciosa, de pessoa para pessoa, que se espalha em diversas regiões do planeta simultaneamente. Relembre algumas das pandemias pelas quais a humanidade já passou:

1 – Gripe Suína H1N1

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A Gripe Suína, em 2009, saiu da definição de epidemia para pandemia quando foram registrados casos da doença nos seis continentes do mundo. A crise teve o México como origem e se espalhou para mais de 75 países em um curto período de 3 meses. Estima-se que a doença causou entre 150 mil e 570 mil mortes em todo o planeta.

2 – HIV/AIDS

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O vírus HIV, causador da AIDS, foi identificado pela primeira vez em 1976, na República Democrática do Congo. Desde 1981, estima-se que a pandemia causou a morte de mais de 36 milhões de pessoas em todo o mundo. Apesar de ainda não ter uma cura definitiva, o vírus não é mais considerado uma sentença de morte, como foi no passado. Tratamentos disponíveis permitem que o portador leve uma vida normal e saudável.

3 – Gripe de Hong Kong H3N2

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A categoria 2 da gripe teve o auge de sua pandemia em 1968, causada pela cepa H3N2 do vírus Influenza A. Embora apresente uma taxa de mortalidade comparativamente baixa (0,5%), a pandemia provocou a morte de mais de 1 milhão de pessoas em todo o planeta.

4 – Gripe Asiática H2N2

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A pandemia de gripe se originou na China em 1956 e durou até 1958. O número total de mortos pela doença não é conhecido com exatidão, mas a Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que cerca de 2 milhões de pessoas tenham sido vítimas fatais da condição em todo o mundo.

5 – Gripe Espanhola H1N1

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Entre 1918 e 1920, a pandemia da doença acabou infectando mais de um terço da população mundial e causou entre 20 e 50 milhões de mortes no mundo. A taxa estimada de mortalidade foi uma das maiores já vistas: entre 10% a 20%. A Gripe Espanhola ficou ainda conhecida por não atacar somente idosos ou pessoas já doentes, mas também jovens adultos completamente saudáveis.

6 – Pandemia de Cólera (1910-1911)

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A Sexta Pandemia de Cólera surgiu na Índia, onde matou mais de 800 mil pessoas antes de se espalhar para o resto do mundo. Em 1923, os casos da doença permaneciam uma constante na Índia, mas já haviam sido drasticamente reduzidos.

7 – Gripe Russa

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Os primeiros casos da doença foram observados em 1889 em três locais distantes, mas o rápido crescimento populacional da época nas áreas urbanas favoreceu a propagação da gripe. Em pouco, a pandemia se espalharia por todo o mundo. Estima-se que tenha causado a morte de mais de 1 milhão de pessoas.

8 – Peste Negra

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Também conhecida como Peste Bubônica, a pandemia da doença devastou Europa, África e Ásia, causando a morte de até 200 milhões de pessoas entre 1346 e 1353. A peste teria sua origem na Ásia e seguiu para os outros continentes através de pulgas que vivem em ratos que, por sua vez, eram comuns em navios mercantes. E como na época os portos eram os principais centros urbanos, a bactéria encontrou um lugar ideal para florescer.

9 – Peste bubônica

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A peste bubônica é causada pela bactéria Yersinia pestis e pode se disseminar pelo contato com pulgas e roedores infectados. Seus sintomas incluem inchaço dos gânglios linfáticos na virilha, na axila ou no pescoço. Outros sintomas são febre, calafrios, dor de cabeça, fadiga e dores musculares. A doença é considerada, historicamente, a causadora da Peste Negra, que assolou a Europa no século 14, matando entre 75 e 200 milhões pessoas na antiga Eurásia. No total, a praga pode ter reduzido a população mundial de 450 milhões de pessoas para 350 milhões.

10 – Varíola

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A doença atormentou a humanidade por mais de 3 mil anos. O faraó egípcio Ramsés II, a rainha Maria II da Inglaterra e o rei Luís XV da França tiveram a temida “bixiga”. O vírus Orthopoxvírus variolae era transmitido de pessoa para pessoa, por meio das vias respiratórias. Os sintomas eram febre, seguida de erupções na garganta, na boca e no rosto. Felizmente, a varíola foi erradicada do planeta em 1980, após campanha de vacinação em massa.

11 – Cólera

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Sua primeira epidemia global, em 1817, matou centenas de milhares de pessoas. Desde então, a bactéria Vibrio cholerae sofre diversas mutações e causa novos ciclos epidêmicos de tempos em tempos e, portanto, ainda é considerada uma pandemia.

Sua transmissão acontece a partir do consumo de água ou alimentos contaminados, e é mais comum em países subdesenvolvidos. Um dos países mais atingidos pela cólera foi o Haiti, em 2010. O Brasil já teve vários surtos da doença, principalmente em áreas mais pobres do nordeste. No Iêmen, em 2019, mais de 40 mil pessoas morreram devido à enfermidade..

Os sintomas são diarreia intensa, cólicas e enjoo. Apesar de existir vacina contra a doença, ela não é 100% eficaz. O tratamento é à base de antibióticos.

12 – Praga de Atenas

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Atenas era uma das grandes cidades da Civilização Grega, o berço da democracia e o lugar que abrigava diversos filósofos. No verão de 430 a.C., ela foi abalada pelo surgimento de uma doença misteriosa e desconhecida. Essa doença espalhou-se pelo território em um surto epidêmico e ficou conhecida como Praga de Atenas.

A Praga de Atenas iniciou-se durante o período em que a cidade travava a Guerra do Peloponeso, conflito contra Esparta pela supremacia na Grécia. Os estudiosos do assunto acreditam que a grande movimentação de pessoas e a aglomeração por conta do conflito contribuíram para que a doença chegasse e se alastrasse pelo local.

A doença manifestou-se, primeiro, na zona portuária de Atenas e, depois, espalhou-se pelo restante da cidade, segundo relato de Tucídides, autor mais importante sobre essa praga. A doença atuou em Atenas entre 430-429 a.C., perdeu força em 428 a.C. e recuperou-se a partir do ano seguinte, isto é, 427 a.C.

Existem inúmeras teorias a respeito de qual doença teria afetado a cidade grega, e estudiosos apontam como possibilidades a varíola, o sarampo, o tifo e até a peste bubônica. Estudos recentes conduzidos com ossadas encontradas em uma vala comum sugerem que a Praga de Atenas, provavelmente, era febre tifoide e que ela pode ter sido responsável pela morte de até 35% da população local.

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